domingo, 18 de abril de 2010

A dama das flores. - Prólogo

Ela se revirava ininterruptamente desde que o sol se pusera, não queria levantar, sentia sono, mas o cheiro de ferro já a incomodava demais. Virou para o outro lado da cama, os fios curtos e loiros se espalhavam pelo travesseiro de forma confusa, todos emaranhados, virou-se novamente, o agito havia feito o lençol se mover deixando a mostra uma das pernas e marcando o corpo nu por baixo dele, soltou um suspiro baixo e se moveu novamente, ficando com as costas no colchão e esticando dos braços. Desistiu, ela não conseguiria mais dormir.




- Maldição. - Praguejou, a voz enchendo o quarto escuro, quando sentou-se na cama e passou a mão pelos cabelos. Estava destruída, desenrolou o lençol de si e seguiu para o banheiro junto ao quarto.




Enrolou uma toalha na torneira antes de girá-la até a potência máxima, o som de água gelada encheu o ambiente, agradando-a, mas foi rápida, tomando o cuidado de não encostar em nada que pudesse machucá-la. Concentrou-se e sentiu como se uma teia de energia a estivesse envolvendo e, em seguida, sendo arrastada pela água, sentiu os cabelos crescerem e ganharem o comprimento de suas costas até o quadril. Saboreou os gostos do ambiente à sua volta e absorveu a nuance das cores naquele ambiente aparentemente branco e estéril, mas extremamente colorido para sua visão super desenvolvida. Sentiu seus dedos alongando-se, numa articulação a mais.




Olhou-se no espelho satisfeita com o retorno de sua verdadeira aparência, os fios verdes-petróleo pingavam e os olhos dourados, fendidos como os de um gato, observavam a volta de sua forma habitual. Mexeu as grandes orelhas pontudas, que estavam dormentes. Era bem mais confortavel assim. Enrolou-se em uma toalha e saiu, olhou para as roupas jogadas no chão: A saia jeans curta e o top rosa bebê com o logotipo da playboy em strass na altura dos seios. Roupas sem nenhuma beleza. Humanos eram seres pouco criativos.




Olhou para a cama uma última vez, onde um homem loiro estava deitado, parecia dormir tranquilamente. Ele era um artista, famoso por obras fantasiosas. Ela era sua musa, lhe garantia inspiração e sucesso. Em troca, ele lhe dava sua total devoção e adoração, seria capaz de qualquer coisa por ela. A garota pensou, rindo. Mandou um beijo em sua direção e saiu do quarto, era uma linda casa de campo, cercada por florestas a, no mínimo, 20 km de qualquer civilização.




Saiu pela varanda da casa, indo em direção a floresta. Cantarolava uma melodia parecida com a de uma flauta doce, que ascendia os céus. Quanto mais se aproximava das árvores mais sua forma se tornava etérea, até desaparecer entre as imensas araucárias e o som sumir, como se engolido pela lua cheia prateada que adornava aquela noite.


Continua...




Essa imagem não me pertence.

2 comentários:

  1. VOCÊ NÃO ME DEIXOU BETAR... ÇÇ CHATA! EU VOU BETAR DO MESMO JEITO, NÃO QUERO NEM SABER!

    Pra começar, é prólogo. Epílogo é no final.

    Ininterruptamente = prefixo in-, indicando negativa, + interrupto, significando parado, parar + amente, indicando um adjetivo.

    Fique atenta para esse seu erro comum. Não existe hífen no pretérito imperfeito do conjuntivo. PUDESSE, não pude-se.

    Cuidado com pontos e vírgulas mal-colocados e coloque as letras maiúsculas em seus lugares devidos, assim como os acentos agudos.

    ATENÇÃO À CONCORDÂNCIA VERBAL!

    Falautas não existem. Ou é um falo, ou é uma flauta. Decida-se.

    Etérea, adjetivo advindo do substantivo éter, significando parecido com éter.


    Enfim, sanando a minha vingança, me vou.

    Deixe-me betar a próxima.

    Beijos, lembre-se sempre que eu te amo.

    Otoshi 8D

    ResponderExcluir
  2. Erros corrigidos (por você mesmo), obrigada. Da próxima vez você corrige ANTES da postagem. XD

    Também te amo,
    beijos! :*

    PS: Primeiro post que eu fiz depois de dar o endereço do blog pra minha professora de português. XDDDDD

    ResponderExcluir