quinta-feira, 22 de abril de 2010

Legalmente Eu.

Bem-vindos a minha casa, acomodem-se onde desejarem...

Esse assunto já esta ficando batido por aqui, mas hoje o ponto é diferente, então vamos a ele.

Sempre que eu escrevo aqui sobre pessoas que excluem as outras e grupos de excluidos, sigo um esteriótipo, que, infelizmente, é seguido pela grande maioria. Porém, ontem, vendo um filme meio antigo o "Legalmente Loira", me dei conta de uma coisa que costumamos deixar passar: Não é a patricinha popular ou o playboy riquinho que são exclusores, são as maiorias e/ou grupos modelo. O que eu quero dizer com isso?

Vejamos: Quando assistimos o filme aos nossos 13/14 anos, achamos uma história linda e fofinha.

Sobre como podemos ser tudo que quisermos e achamos a Elle o máximo, por ganhar o caso estando no primeiro ano da faculdade. Porque só ela, graças aos seus conhecimentos de moda e beleza, poderia perceber a falha no depoimento da filha da vitima, ao dizer que lavou o cabelo no mesmo dia em que fez um permanente.

Porém assistindo o filme ontem eu atentei a um outro detalhe, por mais legal que seja a idéia do filme de crititar a mania normal de todos caracterizarmos patricinhas de burras e futeis. O Filmes também critica outra coisa, a normatização de padrões em determinados locais. Toda a tribo tem seu grupo modelo, aquele que todos querem pertencer ou, no mínimo, imitar e tem seu espaço definido, em que as pessoas da tribo devem ficar ou frequêntar. Quem não se encaixa no modelo e lugar, ao mesmo tempo, é considerado de outro bando e exílado. Sendo assim, não é porque a pessoa é escrota que ela é popular, é porque ela é popular que ela é escrota, posto que como todos, em seu grupo, a tratam como superior essa pessoa vai se achar superior e vai tender a tratar os outros como inferiores! Principalmente aqueles que não fazem parte de seu bando.


Por esse motivo, da mesma forma que uma nerd é estranhada em patricinhas, uma patricinha é estranhada entre nerds. As pessoas tendem a se fechar em seus grupos e se alienam a qualquer informação externa, julgando como incorreto tudo que é diferente, incapazes de ouvir uma opinião diferente. Por isso existem tantas tribos e pessoas diferentes e que brigam entre si, por isso existem guerras e morte, dor e sofrimento. Porque nos alienamos em nossos mundos e ignoramos tudo que não faça parte deles. Chega a ser surreal para a gente que uma gótica queria fazer uma faculdade de moda, ou um cara super inteligente prefira educação física a física nuclear, afinal, eles não seguem o padrão dos grupos em questão.


Eu mesma tenho certos preconceitos, me guio por esteríotipos e sigo primeiras impressões, as vezes, mas eu juro que estou tentando mudar! Acho que só quando todo mundo decidir ser o que quiser (desde que não faça mal ao outro) e todos se livrarem dos rotúlos, poderemos ser legalmente nós mesmos.


Até lá, toda a minoria vai precisar de leis para protegê-las e, quando todas estiverem protegidas, os que eram considerados normais serão minoria e precisaram de leis de proteção também.


Beijos! :*

Um comentário:

  1. *Se segura. Respira.*

    Bom, já que o meu último post foi só crítica e mais crítica sobre como você escreve, dessa vez eu vou só elogiar O QUE você escreve. E eu não vou dar uma de gramático dessa vez.

    Eu acho que nossas discussões cada vez mais têm se tornado posts no seu blog, a não ser essa série que você está escrevendo, que não tem ABSOLUTAMENTE nada a ver. XD

    Bem, vamos ao tema. É fato que a grande maioria luta para se encaixar em estereótipos, como bem disse, não porque eles gostem de estar em determinado grupo, mas porque eles PRECISAM disso para se manterem como pessoas, pois essa maioria, note que estamos falando de adolescentes, PRECISA de apoios externos para acreditar que são aquilo que seguem, ou seja, uma "stronda" pode gostar de hard rock, mas vai suprimir essa característica e dizer que é ruim para poder encaixar-se em um estereótipo. No futuro, como acontece quando se amadurece, a pessoa naturalmente se desprende desses estereótipos e passa a ser única, fora de qualquer apoio externo, alguns mais cedo, outros mais tarde.

    Enfim, ótimo post, mor, você é ótima, tô com saudades... Bla bla bla...

    PS: Cada vez mais nossos blogs estão em sincronia. XD

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